E-RESENHAS

19 fevereiro 2007

Metodologia Científica aplicada à Teológica

RESENHA
Ashbell Simonton Rédua [*]

LOPES, Edson Pereira. Metodologia científica aplicada à Teologia: Apostila das Aulas. São Paulo, 2006.

Trata-se, tão somente, de uma ajuda para consulta por parte dos estudantes dos cursos de graduação, podendo também contribuir aos estudantes de pós-graduação. Qualquer aprofundamento teórico ou prático deverá ser buscado na bibliografia sugerida pelo autor da apostila.
A intenção do autor foi apenas facilitar a busca dos estudantes no que diz respeito aos trabalhos de pesquisa acadêmica. A estrutura deste trabalho, por si só, serve de modelo para um trabalho realizado em sala de aula. Além disso, procurou-se apresentar e explicar as regras para cada parte de um trabalho científico.
Baseados em observações próprias, sem conotação científica, notamos que a disciplina de Metodologia Científica é uma das mais rejeitadas pelos estudantes em praticamente todos os cursos de graduação. É, mais ou menos, como o velho chavão do "odeio matemática", mesmo que a matemática não seja tão terrível assim.
A Metodologia Científica Aplica a Teologia é iminentemente prática e deve estimular os estudantes para que busquem motivações para encontrar respostas às suas dúvidas. Se nos referimos a um curso superior estamos naturalmente nos referindo a uma Academia de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de aquisição de conhecimento deveriam ser buscadas através do rigor científico e apresentadas através das normas acadêmicas vigentes.
Dito isto, parece que fica claro que metodologia científica não é um simples conteúdo a ser decorado pelos alunos, para ser verificado num dia de prova; trata-se de fornecer aos estudantes um instrumental indispensável para que sejam capazes de atingir os objetivos da Academia, que são o estudo e a pesquisa em qualquer área do conhecimento. Trata-se então de se aprender fazendo, como sugere os conceitos mais modernos do trabalho científico.
Procura-se, seguir rigorosamente as regras definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, para elaboração de trabalhos científicos.
A presente obra procura não dificultar as questões que envolvem a elaboração de um projeto e o relatório da pesquisa, portanto pode ser entendida como uma facilitadora da aprendizagem, onde os estudantes poderão consultar, a qualquer hora, para suprimir suas dúvidas quanto aos procedimentos, técnicas e normas de pesquisa.
Quando fala-se de um curso superior, esta-se referindo, indiretamente, a uma Academia de Ciências, já que qualquer Faculdade nada mais é do que o local próprio da busca incessante do saber científico. Neste sentido, esta disciplina tem uma importância fundamental na formação do profissional. Se os alunos procuram a Academia para buscar saber, precisamos entender que Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que "estuda os caminhos do saber", se entendermos que "método" quer dizer caminho, "logia" quer dizer estudo e "ciência" que dizer saber.

Palavra-Chave: Metodologia Científica, Pesquisa Científica, Monografia, Resenha, Estudo de Caso, Análise Crítica.

[*] Rev. Ashbell Simonton Rédua, é pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai, conferencista e escritor.

O Conforto do Conservadorismo


RESENHA
Ashbell Simonton Rédua[*]



PARKER, J.I. O Conforto do Conservadorismo. In Religião de Poder.Vários autores. São Paulo: Cultura Cristã. 288 pg (p. 231-243)

Parker explora neste capítulo inserido no Livro Religião de Poder, algo surpreendente para o conhecimento da igreja do que venha a ser o verdadeiro tradicionalismo, num contexto em que muito se discute e pouco se sabe. Por isso, podemos entender que seu pensamento extrai com fidelidade o que seja o conservadorismo ou tradicionalismo.
Assim como o autor define há dois tipos de conforto cordial no qual as Escrituras traduz o conforto com palavras, com o objetivo de fortalecer, revigorar . Há também um segundo conforto, o conforto almofada, o que faz com que as pessoas se sintam melhores, porém quando for longo este tipo de conforto, ele enfraquece e irrita em fez de fortalecer.
O autor descreve também o tradicionalismo desta mesma forma, o conservadorismo criativo, e o conservadorismo carnal. O primeiro é inteligente, é arrojado, inovador e até revolucionário, contudo é a decisão heróico de preservar algo visto na herança cultural como de real valor. O segundo é obstinado, cego, pobre e nu, bitolado, irracional e busca somente agarrar-se ao passado. Mas mesmo assim, sempre tentando, se manter dentro dos princípios teológicos já experimentados no passado e expondo idéias com extremo cuidado.
Quando não se conhece as raízes do conservadorismo, entenderá apenas como se fosse um movimento separatista, alienado tentando preservar a verdade cristã. Sob este aspecto a falsa compreensão do que é tradicional leva o crente a acomodar a fé cristã ao erro e trair o ensino bíblico como tarefa da igreja cristã de defender a fé que uma vez por todos foram entregue aos santos.
O conservadorismo criativo utiliza-se da tradição, não como autoridade final ou absoluta, mas como recurso importante colocado à nossa disposição pela providência de Deus, afim de nos ajudar a entender o que a Escritura está dizendo sobre quem é Deus, quem somos nós, o que é o mundo ao nosso redor, e o que fomos chamados para fazer aqui e agora.
Sempre há pessoas que temem, e com razão, o novo e o desconhecido. O conservadorismo deve se estender à teologia, à moral e à ética, mas não às estratégias, metodologias de trabalho e ferramentas em uso (a não ser que firam princípios Bíblicos). O temor pelo novo é justificável, desde que aliado à coragem da análise imparcial dos fatos.
Precisamos descobrir a indispensabilidade do dogma sobre a igreja, os Reformadores sempre deram prioridade à verdade.
[*] [*] Rev. Ashbell Simonton Rédua é pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai, conferencista e escritor.

CRISTIANISMO E LIBERALISMO


RESENHA
Ashbell Simonton Rédua[*]



Machen, J. Gresham. Cristianismo e Liberalismo. São Paulo: Puritanos, 2001, 181 p.

Um dos defensores mais articulados da teologia cristã ortodoxa contra as tendências do liberalismo e do racionalismo cristão na primeira metade do século XX foi J. Gresham Machen. Influenciado pela formação protestante reformada, Machen foi educado para ser pastor no Seminário Princeton (outrora um centro de calvinismo conservador), e escreveu inúmeros textos religiosos, Atormentado pelas forças do liberalismo teológico, Machen deixou seu posto como professor em Princeton e fundou o Seminário Teológico de Westminster e a denominação Presbiteriana Ortodoxa.
Sua obra mais importante sobre o problema da liberdade é este livro: Cristianismo e liberalismo, onde ele defende o Protestantismo Ortodoxo. Marchen via o liberalismo teológico e o aumento do controle estatal crescendo ao mesmo tempo e advertiu que enquanto a igreja deixasse de cumprir suas obrigações bíblicas para com os fiéis, uma lacuna seria criada e preenchida pelo Estado.
É importante observar que o autor afirma que a teologia liberal, dava ênfase ao racionalismo do século XVIII, época em que nasceu, cresceu e amadureceu. A teologia liberal afirmava, entre outras coisas, que o homem pode chegar ao conhecimento de Deus por meio da revelação geral, ou seja, através da revelação de Deus na criação/natureza, ou ainda, que o homem é capaz de chegar ao conhecimento de Deus por meio da razão. Tal compreensão do fazer teológico é característico da teologia natural, segundo a qual a base da fé é a revelação comprovada pela razão. Assim, a teologia liberal procurou sempre estabelecer teorias acerca do conhecimento de Deus, partindo de fontes como as ciências e as filosofias. Se teorias podiam levar ao conhecimento de Deus, práticas e/ou processos que expressassem essas teorias poderiam levar à salvação. E aqui entram, por exemplo, a ética e justiça social.
O único inimigo do liberalismo é a firme adesão à autoridade e suficiência das Escrituras. Lamentamos o fato de que muitos evangélicos mudaram de "pregar" para "compartilhar" a Palavra de Deus, o que sutilmente transfere a autoridade da Palavra de Deus para a experiência e opinião humanas. Tal comprometimento, além de não ajudar o incrédulo a enxergar a luz; ainda o deixa mais cego. Essa tolerância estimula a resistência dos homens em se submeterem à autoridade de Deus. O liberalismo, inevitavelmente, endurece cada vez mais contra a verdade.

[*] [*] Ashbell Simonton Rédua, pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai em Niteroi e membro da Junta Teológica da IPB.

Bartolomeu de Las Casas, um cidadão universal


RESENHA
Ashbell Simonton Rédua[*]



NASCIMENTO FILHO, Antônio José do. Bartolomeu de Las Casas, um cidadão universal: uma questão de alteridade com os povos do Novo Mundo. São Paulo: Loyola, 2005. 189 p.


Antônio José do Nascimento Filho, é um professor muito amigo e simpático, sempre atento a todos que o buscam, e, sempre de modo muito disposto. É capaz de subtrair conhecimento de várias áreas do seu saber na busca de soluções e respostas plausíveis aos seus pupilos. Possuir de um conhecimento inefável na área missiológica, não somente teórico, mas prático, sempre associando as experiências vividas no campo missionário com o conhecimento acadêmico adquirido nestes longos e preciosos anos. É mestre em Teologia pelo Reformed Theological Seminary e Doutor em Missiologia pelo Reformed Theological Seminary, em Jackson, no Mississipi, bem como o grau de Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. É autor da obra: O Papel da Ação Social na Evangelização e Missão na América Latina, publicado pela Editora Luz para o Caminha: 1999. Atualmente vem desenvolvendo suas habilidades profissionais como educador na Universidade Presbiteriana Mackenzie e no Centro de Pos-Graduação Andrew Jumper.
A capa do livro em tons acinzentados apresenta uma escultura dos povos do Novo Mundo, Inca, Asteca, com a parte inferior em traçados avermelhados, também assemelhado as culturas dos cestos e balaios indígenes.
O autor explora bem os conhecimentos de outros autores como é indicado na fontes secundárias, tais como Leonardo Boff, Enrique Dussel, que provavelmente apontam para Las Casas como o pai da Teologia da Libertação, isto é, o primeiro clamor pela justiça no Novo Mundo. Este clamor causou muita polêmica, motivo pelo qual mais tarde Las Casas tomou partido em sua defesa. Em Tzevetan Odorov, o autor explora a obra A conquista da América: a questão do outro, partindo de questões relacionadas à democracia do tempo presente, propõe-se a buscar as origens do totalitarismo, da desigualdade e da intolerância que marcam a sociedade ocidental nesta transição de milênio.
São as fontes principais e primárias que o Prof. Antonio José do Nascimento Filho vai buscar a motivação para esta tão importante obra. As próprias obras de Bartolomeu de Las Casas e vários outros autores primários, como Gustavo Gutierrez, Manuel Martinez, Angel Losada, Jaime Concha, por sua alteridade e pelos esforços e a valorização social-cultural e antropológica dos povos indígenas (Pg 13).
O livro está dividido em quatro partes e uma conclusão. O primeiro capítulo trata-se da questão da alteridade em Colombo e nos demais conquistadores, onde o autor aborda as questões da América Latina, o que é América Latina, sua complexidade e características individuais, o fator comunicação na cultura dos conquistadores e na cultura dos conquistadores e a questão do assimilacionismo cultural.(Pg 19) A própria mídia internacional, ao focalizar a América Latina, apenas direcionam seus assuntos que servirão de caixa de ressonância positiva para suas agências internacionais. Criminalidade, violência urbana e rural, insegurança, instabilidade financeira, disparidade social, favelização dos centros urbanos. (Pg 21)
O segundo capítulo aborda o contexto histórico de Las Casas, tanto antes da expansão marítima e a conquista, o repartimiento e a encomienda.
O terceiro capítulo, trata-se de Bartolomeu como o apologística indígena, desenvolvendo o seu pensamento a proteção dos índios. Desenvolve neste capítulo aspectos da vida de Las Casas como o procurador dos índios, a bula Sublimis Deus, as Novas Leis promulgadas. (Pg 19)
O quarto capítulo reflete bem o objetivo motivacional do autor, as suas próprias experiências como Missionário entre os índios em Altamira, cidade paraense, as beiras do rio Xingu, ocasião que conheceu profundamente os problemas indígenas que não difere muito daqueles vividos por Las Casas, o papel de preservar e proteger os povos indígenes. A questão da alteridade no mundo espanhol, e porque não, no mundo atual, além de religiosa é também educacional.
O quinto capítulo, contempla a controvérsia entre Las Casas e Ginés de Sepúlveda. São levantadas questões de escravidão, guerra justa e o lugar do outro. Os mecanismos interiores da história de violência estão estreitamente ligados à tentativa de implantar o modelo europeu de civilização no Novo Mundo. Estruturas autóctones sofreram descrédito por meio do mito do progresso, pela crença no desenvolvimento e pela atitude expansionista. Critério supremo nesse processo era a pessoa branca, ou melhor o homem branco. Por ocasião da famosa controvérsia de Valladolid (1550) os eruditos discutiam se havia igualdade entre indígenas e espanhóis. Foi em vão o pleito de cinco dias que Bartolomeu de Las Casas fez em defesa dos indígenas.
Para o autor, Antonio José do Nascimento Filho, a questão principal de Las Casas, um cidadão universal, está na questão da alteridade com os povos do Novo Mundo. A palavra alteridade, que possui o prefixo alter do latim possui o significado de se colocar no lugar do outro na relação interpessoal, com consideração, valorização, identificação e o dialogar com o outro. A pratica alteridade se conecta aos relacionamentos tanto entre indivíduos como entre grupos culturais religiosos, científicos, étnicos, etc. Na relação alteritária, está sempre presente os fenômenos holísticos da complementaridade e da interdependência, no modo de pensar, de sentir e de agir, onde o nicho ecológico, as experiências particulares são preservadas e consideradas, sem que haja a preocupação com a sobreposição, assimilação ou destruição destas. Alteridade seria, portanto, a capacidade de conviver com o diferente, de se proporcionar um olhar interior a partir das diferenças. Significa que eu reconheço o outro em mim mesmo, também como sujeito aos mesmos direitos que eu, de iguais direitos para todos, o que também gera deveres e responsabilidades, ingredientes da cidadania plena. Desta constatação das diferenças é que gera a alteridade, alavanca da solidariedade, da responsabilidade, eixo da cidadania.
A época das descobertas é caracterizada por uma forte integração religiosa: o descobridor da América pensava de fato na possibilidade de utilizar o ouro americano numa eventual "Cruzada" contra o "Infiel". Esta religiosidade mostra-se de forma evidente lá onde Colombo assume as características daquele que realizava a profecia, subtraindo-se à atitude empirista de quem procura conhecer, e subordinando-se, pelo contrário, ao argumento de autoridade que repousa sobre verdades preestabelecidas. A mesma descoberta representa, então, a realização da vontade divina preanunciada pelas profecias. É assim que, trazendo consigo a bagagem conceitual própria do Ocidente, e aplicando-a ao novo âmbito cultural, ele determina, exemplarmente, o comportamento próprio de navegantes, conquistadores, missionários e colonizadores que o seguirão. (Pg 29)
Colombo determinava a fundação de um universo cultural que condicionou por muito tempo o Ocidente. Via os habitantes das Grandes Antilhas como "necessitados de tudo". Mas com o fato de reconhecer aos índios uma humanidade suscetível de civilização, tanto mais urgente quanto mais eram carentes de bens culturais por um lado, ou submissos a uma civilização distorcida por outro, o europeu era chamado a uma obra de "recuperação cultural" do selvagem. Os ameríndios, cedendo os bens de que a Europa tem tanta necessidade, obterão em troca uma progressiva promoção cultural e a integração política. (Pg. 40-43)
Segundo o autor O maior obstáculo as missões no Novo Mundo eram criadas pelos próprios colonizadores, com seu tratamento cruel e desumano para com os nativos. Bartolomeu de Las Casas lutava para resguardar a liberdade e a integridade dos índios, estes continuavam a sofrer todo o tipo de desumanidade por parte dos colonizadores, que se utilizavam de meios para oprimir e escravizar, embora que tenha demorado a reconhecer e admitir este problema, tornou-se o maior defensor dos índios durante o período colonial espanhol. (Pg 42)
Com Bartolomeu de Las Casas, o Patrono das Nações Indígenas, nascerá o conceito dos direitos humanos como direitos universais. E da mestiçagem racial e cultural nascerá uma cultura religiosa sincrética (os ídolos atrás dos altares). Cultura o assombro, da ironia, da paciência, da memória e do rancor às vezes, da humildade mais generosa outras vezes, da criatividade mais novidadeira e imperiosa sempre. Supre os abismos da utopia do Novo Mundo. (Pg 44)
Las Casas nasceu em Servilha, na Espanha em 1484 , e era filho de um mercador que viajara com Colombo em sua segunda viagem. Depois de licenciar-se em Leis na Universidade de Salamanca, viajou para a ilha de Espanhola para servir como Conselheiro legal do Governador. Adaptou-se rapidamente ao estilo de vida influente dos colonizadores, aceitando o ponto de vista convencional quanto à população indígena.
Provavelmente em torno de 1514, Las Casas sofreu uma transformação espiritual tal, que pediu para ser ordenado, tornando-se então no primeiro sacerdote a ser ordenado na América. Se interiormente ele havia mudado muito, exteriormente mudou muito pouco até então, porque aceitava com facilidade o estilo de vida que caracterizava a maioria do clero. Aos poucos foi entendendo que o tratamento dado aos índios não correspondia aos preceitos cristãos e por ocasião do Pentecostes, teve finalmente uma verdadeira conversão com relação ao tratamento que afligia os indígenas, porque deduziu que a fé cristã era radicalmente incompatível com o modo desumano pelo qual os espanhóis tratavam os índios. A partir desta concepção juntou-se aos dominicanos, onde encontrou apoio para o seu ponto de vista.
Para defender os índios no Novo Mundo, Las Casas viajou várias vezes a Espanha, apelando em favor dos índios aos oficiais do governo e a todos que quisessem ouvir. Ele tinha o evangelismo como prioridade e com este propósito viajou pela América Central fazendo um trabalho pioneiro.
Sua luta pelos direitos humanos continuou viva na Espanha até sua morte que se verificou cerca de duas décadas após seu retorno. Na Espanha corrigiu e publicou seus escritos, em que se opunha à política colonial Espanhola, e até hoje seu nome é lembrado como um dos maiores humanistas e missionários da história do cristianismo. Contudo suas idéias foram contestados tanto no Peru em 1552 quanto na Espanha. Alguns anos mais tarde e no meado do século seguinte a Inquisição proibiu a leitura de suas obras. Os inimigos de Las Casas se alegravam ao verem fracassar os seus métodos pacíficos de tratar com os indígenas, porque dizia que “os habitantes originais das terras eram gente afável e generosa, que facilmente seria ganha mediante um bom exemplo e amor”.
O que estamos discutindo aqui é de grande importância para vida da Igreja na América Latina, suas raízes, suas lutas, a ética do reino. Temos uma resposta para uma questão de ética e cidadania.
Prof. Antonio José do Nascimento prestou um valioso serviço a Igreja e a sociedade na América Latina, provendo novamente as questões relacionadas a colonização da América. É um grande trabalho de Ética e Cidadania, bem como a história teológica da América Latina. É bem provável que se torne um texto padrão para seminários tanto evangélicos como católicos, tornando muito útil na igreja como foi na sala de aula.

[*] Ashbell Simonton Rédua, é aluno do Curso de Validação em Teologia, oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.